Dentre as formas de violência mais comuns em mulheres, destacam-se agressão física sob forma de tapas e empurrões seguidos de violência psicológica através do xingamento com ofensa a conduta moral da mesma, ameçada através das coisas quebradas.
Espancamento com cortes marcas ou fratura, ou até mesmo relações sexuais forçadas, cárcere privado, proibição para exercer atividade profissional.
Geralmente o agressor é o companheiro. A maioria das mulheres temem em denunciar ou pedir ajuda, somente em casos mais graves como ameaça com arma de fogo e espancamento, cortes ou fraturas, recorrem a alguém para ajudá-las.
A principal causa da violência é o ciúme, sendo que a maioria das vezes, o agressor está alcolizado.
fonte: Fundação Perseu Abramo - www2.fpa.org.br/portal/modules/news
Como medida de política pública e combate a violência contra mulher, os governos tem criado abrigo para mulheres e filhos, vítimas de violência doméstica como criação da delegacia especializada (DEAM), Centro de Referência de Atendimento Social (CRAS) e outros.
Foi realizada uma entrevista em Aracruz/Es no dia 20/07/2011 com uma moradora da localidade do bairro Bela Vista no qual foi possível exemplificar esta relidade.
Grupo 1- Qual tipo de violência que você recebeu e há quanto tempo vem ocorrendo tais agressões?
Ana: sou espancada diariamente pelo meu marido, e isso vem acontecendo há aproximadamente um ano e meio.
Grupo 1: Qual o motivo das agressões? E como elas ocorrem?
Ana: O motivo das agressões é a bebida. Ocorrem sempre nos finais de semana, quando ele sai para beber com os amigos.
Grupo 1- E como foi a primeira vez que ele te agrediu? E por quê?
Ana: Ele chegou em casa bêbado, quebrando tudo, eu estava na sala assistindo televisão com meu irmão, e do nada, ele começou a me agredir verbalmente, e quando tentei dialogar, ele me empurrou contra a parede e me deu um tapa no rosto, foi quando caí no chão, o meu irmão o segurou e perguntou por que ele estava agindo daquela maneira, ele disse que eu estava o traindo.
Grupo 1- Por que você não o denunciou?
Ana: Por medo. Sofro ameaça de morte, e por isso não chamo a polícia e tão pouco conto para alguém. Para preservar minha vida, prefiro chorar em silêncio.
Grupo 1- E há quanto tempo estão casados?
Ana: Há 5 anos.
Grupo 1- Já tentou pedir a separação?
Ana: Sim,mas ele não aceita,quando falo em separação ele chora ,faz jura de amor ,fala que vai mudar. Por alguns dias penso até mesmo que ele mudou, mas tudo é em vão, é só voltar a beber que o inferno começa. Até arma ele já colocou na minha cabeça e me fez jurar que jamais me separaria dele. Às vezes, penso em fugir de casa ,mas o que faz eu ficar são os meus filhos,não tenho profissão,não estudei,financeiramente dependo dele. Como vou sustentar sozinha duas crianças? O jeito é aceitar as porradas e chorar sozinha pelos cantos sem reclamar.