quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Estudante de Publicidade publica mensagens racistas em perfil no Twitter



Ela é jovem, de boa aparência, afirma ser estudante de Publicidade e adora baladas. De acordo com informações no perfil no Twitter, a conta foi criada porque ela gosta de "ficar de olho nas novas tendências". Seria apenas mais uma conta no famoso microblog, mas os tweets da moça têm causado
polêmica e discussão.


Racismo no Twitter


O que a universitária tem feito no perfil dela é crime e possui pena de reclusão de dois a cinco anos, além de multa, de acordo com a lei 7.716 de 1989.

"Art. 20. Praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional. § 2º Se qualquer dos crimes previstos no caput é cometido por intermédio dos meios de comunicação social ou publicação de qualquer natureza. Pena: reclusão de dois a cinco anos e multa".

No Espírito Santo, crimes virtuais podem ser denunciados por e-mail. Basta enviar uma mensagem para o endereço eletrônico para drce@pc.es.gov.br, informando links e demais informações que julgar necessárias para a apuração do crime.

http://gazetaonline.globo.com/_conteudo/2011/12/eu_aqui/cidadao_reporter/1059971-estudante-de-publicidade-publica-mensagens-racistas-em-perfil-no-twitter.html

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Entrevista concedida pelo Senhor Valdivo Prates - Vice-presidente da Comunidade Negra de Aracruz

" Entrevista concedida pelo Senhor Valdivo Prates em 08/12/2011, sobre discriminação racial"



Valdivo Prates é vice-presidente da Comunidade Negra de Aracruz. Relatou que as humilhações eram constantes e diárias e que no ano de 1996 sofreu discriminação na empresa em que trabalhava. Entrou na justiça e ganhou a causa.

domingo, 11 de dezembro de 2011

Comentário sobre o livro: Uma história do Povo de Aracruz

Autor: José Maria Coutinho
Volume II, 2006
O Ilustre autor José Maria Coutinho foi de suma importância para o Município, pois pesquisou a história dos aracruzenses e, além disso, aliou-se ao povo de sua terra , colocando sua inteligência e todos os conhecimentos adquiridos a serviço das classes populares e de suas raízes. Certamente o trabalho dele fornece inúmeros dados para todos nós que estamos estudando e pesquisando o Município.

Sobre o autor:

José Maria Coutinho nasceu em Barra do Riacho. Formou-se em História (UFES), em 1969, Mestre em História da América em (1971) e Doutor (Ph.D) em Ciências Sociais e Educação Comparada e Internacional, pela Universidade da Califórnia, Los Angeles (UCLA). Lecionou em várias Universidades entre elas a UFES. Participou de inúmeros debates, congressos, simpósios, seminários, orientou dezenas de Monografias, dissertações de Mestrado e Teses de Doutorado.
O professor José Maria era um obstinado e um apaixonado por várias causas, entre elas a cultura indígena e o direito dos povos indígenas em relação à dominação dos “invasores brancos”; os quilombolas, descendentes dos negros escravos, que segundo o professor têm direito não só a preservar suas tradições, como também reaver núcleos territoriais que pertenceram aos seus antepassados; e dos folguedos, representados pelo congo, pelo “Bumba Meu Boi” e por outras manifestações populares. Ele foi o criador do “Desfile Multicultural de Aracruz”.

Morreu em 06/02/2011

Destaco do livro o capítulo que retrata a importância do negro no Município.

3.4 - Negros se destacam na Sede, p. 495

Os negros, mulatos e cafuzos eram a maioria em Vila do Riacho (70%) e minoria nas demais vilas e povoados, com presença numérica de 20% em Barra do Riacho e 10% em Santa Cruz e Aracruz, e percentagens ainda menores nas outras.

Destaques:

1- Vovó Aurélia, ex-escrava, parteira, benzedeira, festeira, congueira e carnavalesca de Barra do Riacho e Vila do Riacho, de 1910-1970.

2- Francisco Monteiro Bermudes, primeiro farmacêutico de Aracruz, vereador e Presidente da Câmara Municipal, 1971-73.

3- Guilobel de Oliveira, contabilista, secretário escolar, político, o fabriqueiro responsável pela vinda de Monsenhor Guilherme Schimitz para Aracruz, em 02 de março de 1955.

Muitos outros se destacaram e certamente hoje continuam se destacando, mas é necessário que seja feita uma pesquisa de campo para que se registre e para que se continue a pesquisa iniciada pelo autor.


TEXTO DO ALUNO GABRIEL HENRIQUE - CMEB HONÓRIO NUNES DE JESUS DE ARACRUZ/ES

O aluno Gabriel Henrique é filho da pós-graduanda Denise de Araújo, do curso de especialização GPPGR.





GABRIEL E SEUS PAIS, VICENTE E DENISE

Plano de Ação - Módulo 3 - CRIAÇÃO DE UM MUSEU DA CULTURA AFRO-DESCENDENTE NO MUNICÍPIO DE ARACRUZ

 

PLANO DE AÇÃO - GRUPO 01 PÓLO ARACRUZ

 

Plano de Ação


CRIAÇÃO DE UM MUSEU DA CULTURA AFRO-DESCENDENTE NO MUNICÍPIO DE ARACRUZ.


Dentre os Planos de Ações analisados, o grupo concluiu que deveria postar um plano cuja temática seria inovadora para o público aracruzense e população vizinha, em especial aos povos afro-descendentes e que este atentasse para a produção de uma atividade artístico-cultural.


1 - Objetivo Geral:
Criação de um Museu da Cultura Afro-descendente no município de Aracruz.


2 - Objetivos Específicos

  • Viabilizar a criação de um espaço voltado à pesquisa, e à cultura afro-brasileira, colocando-o a serviço da sociedade.

  • Desenvolver ações que valorizem e preservem o patrimônio cultural e ambiental, respeitando a diversidade, promovendo a cidadania e resgatando a dignidade humana do povo afro-descendente do município de Aracruz.

3 - Justificativa
Aracruz é um município formado em sua totalidade por povos negros, e a população nativa quilombola hoje existente em Aracruz tem lutado muito para terem seus direitos reconhecidos.

Considerando que temos nos municípios regionalizados a disposição da população museus Italiano, alemão dentre outros, e a Casa da Cultura aracruzense tem hoje um considerável acervo de povos indígenas, deixando somente de cumprir sua função social com os povos negros, para que estes venham resgatar sua cultura e origens, preservando a consciência histórica.

Face ao exposto, a criação deste museu seria uma homenagem a quem ajudou a construir a história de nossa Cidade, Estado e de nosso País.


4 – Ação

Na data de 08/12/2011, o grupo 1 do Pólo de Aracruz reuniu-se com  a Comunidade Negra de Aracruz, representada pelo seu vice-presidente Valdivo Prates para  análise das propostas e das  possibilidades da criação e implementação do referido museu. No momento oportuno o vice-presidente informou que o plano é viável e que os povos negos organizados já contam com apoio de movimentos negros de cidades vizinhas.

Relatou ainda que se o plano for colocado em prática, trará enormes benefícios aos afro-descendentes, pois será um espaço inovador, dedicado ao resgate histórico, à pesquisa, conservação e exposição de objetos relacionados ao universo cultural negra em Aracruz.

Responsável pelos recursos decorrentes: O museu por ser uma instituição pública, terá sua dotação orçamentária e subordinação à Secretaria Municipal de Cultura e administrado pela Comunidade Negra de Aracruz.


5 – Cronograma

ATIVIDADES
DEZ/2011
JAN/2012
FEV
MARCO
ABRIL

1- Elaboração da proposta


01





2-Apresentação da proposta a Comunidade Negra de Aracruz


08





3- Reunião com o Poder Executivo e a Secretaria de Cultura para apresentar a proposta.


23







4- Mobilizar a sociedade em geral e representantes da sociedade civil organizada, para apresentar a proposta.



18



5- Verificação da viabilidade do imóvel, onde será instalado o Museu




15


7- Trâmites para aluguel e instalação do imóvel




07


8- Inicio de funcionamento do museu





21

População beneficiada: população em geral, em especial os afro-descendentes.


 


Módulo 3 - Políticas públicas e raça






O Módulo 3 - Políticas públicas e raça é composto por 04 unidades, subdivididas em conceitos distintos: 

· Unidade 1 – A construção histórica da idéia de raça, 

· Unidade 2 – O percurso do conceito de raça no campo de relações raciais no Brasil, 

· Unidade 3 – Desigualdades raciais e realização socioeconômica: uma análise das mudanças recentes, 

· Unidade 4 - Movimento Negro e Movimento de Mulheres Negras: uma Agenda Contra o Racismo. 


A unidade 1 - faz-nos entender que a concepção de raça existe desde os primórdios dos tempos, pois desde o inicio da humanidade o homem já tinha o poder de dominar o outro. É importante ressaltar que embora representação familiar venha desde as primeiras formas de vida na terra, emergiu-se na América e está intimamente representada pela superioridade e inferioridade, onde imperava a dominação que com o passar do tempo expandiu-se pelo mundo todo, tomando novas formas de dominar outras gerações/raças que foram surgindo perpetuando-se até o presente momento. A palavra raça também significa, espécie humana, homens de forma em geral, sendo, portanto natural que com o passar do tempo à história se reconstrua, evoluindo-se juntamente com a humanidade. 

Os textos da unidade 2 - relatam a trajetória dos povos negros, miscigenados, índios e os brancos, bem como a construção histórica de cada um no Brasil. O primeiro texto inicia-se com a abolição da escravatura, o que este ato político representou para os brasileiros e o que herdamos desta política pública focalizada. Penso que o embranquecimento foi muito bom para a história, mas o que fazer para melhorar a vida dos negros que ainda estão entre os menos favorecidos. Observa-se que a partir dos vários movimentos existentes, os conflitos de classes eram puramente para fazer destes povos, tidos como raça inferior uma classe dominada, tornando assim o racismo e a discriminação algo notável. A problemática racial está enraizada em nosso cotidiano de diversos modos. Novas propostas devem ser pensadas para que o negro, índio, amarelo, miscigenado etc., brasileiro tenha mais dignidade. 

Os textos da unidade 3 realizam, portanto, uma análise econômica da condição de vida da população branca e negra, identificando a intensidade da desigualdade racial através de estudos dos tópicos associados às características da população (educação, trabalho, renda, etc...). Conclui-se assim que o problema da desigualdade esta na má distribuição de recursos, principalmente na distribuição de renda, sendo que o salário tem peso expressivo no processo de distribuição de renda, sendo decisivo na vida do grupo familiar. Vale à pena ressaltar outro fator importante que contribuiu para a diminuição da desigualdade, que foi/é a educação. A população brasileira vem apresentando mudanças expressivas, entre as modificações que dão novos contornos ao retrato populacional destacam-se elevação da expectativa média de vida, a queda da taxa de fecundidade, os papeis da mulher na sociedade, dentre vários outros tópicos. 

A última unidade que tem por tema – Movimento Negro e Movimento de Mulheres Negras: uma agenda contra o Racismo, relata que com o fim da escravidão, impedido de exercer sua plena liberdade e possuir um emprego digno, os negros que com a libertação, conseguiram se integrar à sociedade do trabalho, novamente tiveram como função o servir. A mulher, na maioria das vezes, acabava trabalhando como empregada doméstica em casas de famílias, submetendo a humilhação. Surge aí então o Movimento Negro Brasileiro. Este movimento está diretamente ligado às lutas contra o racismo e a discriminação racial. Esta unidade traz um resumo histórico das primeiras manifestações do povo negro e o surgimento das associações voltadas para a causa racial. O principal papel do movimento negro foi e é de propor reivindicações de toda a sociedade e do Estado, ações concretas de superação das desigualdades raciais. Em 1988 o Estado começa a reconhecer a sua omissão histórica, sendo pressionado a programar medidas de promoção da igualdade social.


COMPONENTES GRUPO 01 - POLO ARACRUZ


Simonton Moreira de Freitas/Marcos Maciel Barreiros/Aristenia Mancini Martin/Denise Ferreira de Araújo/Rosa Eliane Cardoso/Soleniete Marinho/Alessandra Tellis Gonçalves/Alan de Morais Alves

Notícias Blog

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